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Amor Próprio

Explicamos o significado de amor próprio e como este se relaciona com a autoestima. Mostramos também diferentes técnicas para fortalecer o amor próprio.

O que significa amor próprio?

Quando falamos de amor próprio, nos referimos ao grau de aceitação, respeito e consideração que sentimos por nós próprios. É um conceito muito semelhante à auto-estima, que é considerada essencial para a saúde emocional e psicológica dos seres humanos.

O amor próprio é geralmente entendido como o resultado de vários processos de introspecção e aceitação a níveis profundos, ou seja, como o resultado de se conhecer e se amar, sem a necessidade de mudar a própria natureza para satisfazer os outros.

Não devemos, contudo, confundir amor próprio com o ego. Amar a si próprio não significa negar as próprias limitações, nem pensar-se mais do que os outros, mas sim, apenas aceitar a própria maneira de ser, sabendo que os nossos aspetos negativos exigirão trabalho e consolidação dos nossos aspetos positivos, mas assim como somos, simplesmente, somos.

Uma pessoa orgulhosa, invejosa, arrogante ou egocêntrica não possui necessariamente grande amor próprio; muitas vezes ocorre justamente o contrário, as pessoas com pouca capacidade de auto-aceitação refugiam-se em atitudes hostis em relação aos outros, pois consideram que qualquer protagonismo alheio é uma ameaça para elas.

Amor próprio e autoestima

A diferença entre autoestima e amor próprio é subtil, e muitas vezes ignorada. Os dois termos são frequentemente utilizados como sinônimos.

Contudo, para muitos especialistas, o amor próprio implica uma dinâmica mais profunda e honesta, e portanto difícil de alcançar, enquanto a autoestima é um sentido mais superficial de valorização que percebemos sobre nós próprios, e que é influenciada não só pelas nossas próprias considerações, mas também pela aceitação dos outros e pelo “sucesso” nas suas diferentes conceptualizações.

Em qualquer caso, esta diferença pode ser compreendida se pensarmos que hoje em dia existem muitas formas “expressas” de autoestima, tais como a aceitação em massa nas redes sociais, ou a satisfação consumista e materialista, que podem elevar artificialmente a auto-estima de um indivíduo, mas não o seu amor próprio.

Assim, é possível ter pouco amor próprio e muita autoestima, mas é impossível que seja o contrário, uma vez que as pessoas com amor próprio também experimentam uma boa autoestima, ao conseguir aceitar-se tal como são.

Como fortalecer o amor próprio?

Não existe uma receita única e universal para fortalecer o amor próprio, porque, como muitos outros aspetos da nossa personalidade, depende da nossa educação e da nossa história emocional. Contudo, existe algum consenso em relação a métodos e técnicas que podem ajudar a reconstruir o amor próprio, como por exemplo:

Autoconhecimento. É impossível amar e aceitar-se a si próprio se não se conhecer primeiro. Para o fazer, podemos iniciar um procedimento psicoterapêutico (com um psicólogo ou psicanalista) ou também podemos aprender a prática da meditação e da atenção plena (para nos podermos observar melhor).

Dedicar mais tempo para si próprio. O autocuidado, quer seja para uma questão de higiene e estética corporal, quer seja para satisfazer necessidades mentais básicas, é um hábito importante, tanto um sintoma como uma solução para problemas de amor próprio. Dar prioridade às nossas necessidades fará com que nos valorizemos mais e aceitemos as coisas que temos de fazer por nós próprios.

Rever as nossas relações pessoais. Isto pode significar afastar-se de relações tóxicas ou prejudiciais, que tiram mais do que acrescentam, ou pode significar sair mais de casa e tentar conhecer mais pessoas, ou diversificar o nosso círculo de amigos. Seja como for, devemos dar às relações interpessoais o valor que elas merecem como fonte de aceitação e de reforço positivo.

Praticar a gratidão. Perdoarmo-nos e aceitar aquilo que vivemos pode parecer uma receita de autoajuda, mas é uma prática chave para curar e superar os nossos tropeços na vida. Qual é o sentido de transportarmos culpa ou arrependimentos, que nos impedem de desfrutar do nosso presente? O ideal é aprender as nossas lições – ou seja, aprender como somos e aquilo a que temos de prestar atenção no nosso carácter – e seguir em frente, sabendo que não somos melhores nem piores do que qualquer outra pessoa.

Bibliografia:

“Autoestima” em Wikipédia.
“Amor-próprio: buscá-lo é um desafio, mas é necessário” em Blog Vittude.

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