Como é composto o sistema respiratório dos peixes?
O sistema respiratório dos peixes é composto pela boca; brânquias ou guelras; fenda opercular e opérculos (quase todas as espécies de peixes os possuem).
Como em outros vertebrados, a respiração nos peixes é realizada em duas etapas: a respiração externa entre a água e os vasos sanguíneos e a respiração entre o sangue e os tecidos. Os peixes desenvolveram brânquias especialmente como órgãos respiratórios. As brânquias são compostas por estruturas filiformes chamadas filamentos branquiais.
Os peixes ósseos possuem quatro pares de brânquias, cada uma sustentada por um arco branquial. As brânquias localizadas na cavidade branquial são geralmente protegidas por uma cobertura chamada opérculo. O opérculo, que cobre as brânquias, está envolvido na ventilação das brânquias.
No lado côncavo do arco branquial estão localizados os espinhos branquiais, que variam em tamanho e número de acordo com a espécie, e no lado oposto, lamelas branquiais equipadas com vasos (capilares sanguíneos).
Já os peixes cartilaginosos (tubarões, arraias e quimeras) possuem cinco ou seis pares de brânquias. A água entra pela boca e pelo espiráculo e sai pelas brânquias (estes não possuem opérculo).
A chamada respiração externa – a captação de oxigênio dissolvido no sangue e a liberação de CO2 do sangue para a água (troca gasosa) é realizada pelos vasos sanguíneos locais (capilares) nas lamelas branquiais. As lamelas estão localizadas em cada arco branquial.
Como mencionamos anteriormente, uma vez que as lamelas branquiais são equipadas com capilares sanguíneos, elas mantém o oxigênio dissolvido na água que entra na boca, mas liberam o gás (CO2) que trazem dos tecidos para a água. De seguida, o opérculo abre e a água que absorveu oxigênio é jogada fora.
É importante entender também que, apesar dos (principais) órgãos respiratórios dos peixes serem as brânquias, em algumas espécies (por exemplo, no gênero Nemacheilus), existe a presença de dobras especiais no intestino que também ajudam na respiração. Por essa razão os peixes do gênero Nemacheilus estão entre as espécies mais resistentes à falta de oxigênio.
Para que o oxigênio seja absorvido e o CO2 seja jogado fora durante a respiração, as brânquias devem permanecer constantemente úmidas. É por esse motivo que os peixes sufocam quando são retirados da água. No entanto, se as guelras do peixe puderem ser mantidas constantemente úmidas, ele poderá respirar oxigênio do ar. Daí ser possível transportar alguns peixes (como os Cyprinus carpio e Silurus glanis) vivos por longas distâncias, mesmo estando fora da água.
Onde estão localizadas as guelras dos peixes?
Na maioria das espécies as guelras estão localizados em ambos os lados da cabeça, sob uma membrana móvel que as protege, chamada de opérculo.
O que é a hematose branquial?
A hematose branquial, que ocorre entre o sangue e as brânquias, é onde ocorre a troca gasosa por difusão indireta.
Quais são os órgãos respiratórios do peixe onde se realiza a Hematose?
A hematose branquial dos peixes ocorre nas brânquias (guelras).
Como ocorrem as trocas gasosas entre o sangue do Peixe e a água?
Na hematose branquial – o oxigênio dissolvido na água passa para o sangue que irriga as brânquias e o dióxido de carbono passa do sangue para a água. A abertura do opérculo leva à saída da água (rica em dióxido de carbono e pobre em oxigênio). A hematose branquial nos peixes ocorre pelo mecanismo de contracorrente.
As superfícies branquiais são estruturas bem amplas onde os gases respiratórios são trocados entre o sangue e a água à medida que flui sobre eles.
Entenda que o oxigênio dissolvido em um volume de água é muito menor do que no mesmo volume de ar – o ar contém cerca de 21% de oxigênio e na água o oxigênio representa apenas 1% do volume.
A absorção eficiente de oxigênio pela água (através das brânquias) é essencial para os organismos ativos no ambiente aquático. Os peixes favorecem as sua trocas gasosas ventilando as superfícies das brânquias, seja bombeando ativamente água através das brânquias ou nadando continuamente com a boca aberta.
Onde se situam as brânquias dos peixes?
Tal como referido anteriormente, as brânquias, também designadas de guelras, são estruturas fundamentais no processo da respiração branquial. Elas estão localizadas em ambos os lados da cabeça e consistem de dobras externas presentes na superfície epitelial, bastante vascularizadas. As brânquias estão associadas à respiração aquática.
Onde se encontra o oxigênio utilizado pelos animais que vivem em ambientes aquáticos e respiram por brânquias?
É através das brânquias que o oxigênio presente na água entra para o interior do corpo e que o dióxido de carbono que está no corpo do animal sai para a água. Esse tipo de respiração ocorre na maioria dos animais aquáticos, como é o caso dos crustáceos, alguns moluscos e peixes.
Qual é o tipo de circulação sanguínea do Peixe?
A circulação sanguínea dos peixes é fechada e simples. O sangue não oxigenado passa pelo coração, segue para as brânquias para ser oxigenado e é levado para o corpo. Uma vez que o sangue segue apenas um sentido, não existe mistura entre sangue venoso e arterial.
Qual é a diferença entre a respiração branquial e pulmonar?
A respiração pulmonar ocorre em mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Nesse último grupo, a respiração pulmonar acontece juntamente com a respiração cutânea. A respiração branquial é a que ocorre em animais que possuem brânquias, como os peixes, por exemplo, estruturas finas em forma de lâminas e bem vascularizadas.
A grande diferença entre a respiração dos peixes e a respiração humana é que os peixes respiram pelas brânquias e os humanos pelos pulmões.
Que peixes respiram pelos pulmões?
As espécies que respiram pelos pulmões são os peixes pulmonados (Dipnoicos, Dipnoi ou Dipneusti). Eles pertencem à subclasse Dipnoi, que significa “duas respirações”, pois além dos pulmões, também possuem brânquias funcionais com as quais respiram debaixo d’água.
Os peixes pulmonados são vertebrados de água doce pertencentes à ordem Dipnoi. São mais conhecidos por reter características ancestrais dentro dos Osteichthyes, incluindo a capacidade de respirar ar, e estruturas ancestrais dentro dos Sarcopterygii, incluindo a presença de barbatanas lobadas com um esqueleto interno bem desenvolvido. Estas espécies representam os parentes vivos mais próximos dos tetrápodes.
Seis exemplos conhecidos são:
- Peixe pulmonado de Queensland (Neoceratodus forsteri), endêmico da Austrália.
- Peixe pulmonado sul-americano (Lepidosiren paradoxa) a única espécie encontrada em pântanos da Amazônia, Paraguai e bacias do baixo Paraná na América do Sul.
- Peixe pulmonado marmoreado (Protopterus aethiopicus), encontrado na África.
- Protopterus amphibius – esta espécie pode ser encontrada na África Oriental.
- Peixe pulmonado da África Ocidental (Protopterus annectens), uma espécie encontrada na África Ocidental.
- Peixe pulmonado manchado (Protopterus dolloi), uma espécie encontrada na África, mais especificamente na Bacia Kouilou-Niari da República do Congo e na bacia do rio Ogowe no Gabão. Também pode ser encontrado nas bacias do baixo e médio rio Congo.
Quais são os peixes que não precisam de oxigênio?
Na maioria dos animais, incluindo nós humanos, a falta de oxigênio pode ser fatal em questão de minutos. Embora possamos metabolizar os carboidratos sem oxigênio, esse processo gera ácido lático, uma substância tóxica que se acumula rapidamente no corpo.
No entanto, o peixe-dourado (Goldfish) – um dos peixes de aquário mais comuns, e a carpa cruciana (Carassius carassius), são espécies capazes de sobreviver até cinco meses sem oxigênio. Mas como eles conseguem isso?
De acordo com uma equipe de pesquisadores, eles conseguem-no porque possuem um segundo conjunto de enzimas que, quando os níveis de oxigênio caem, começam a converter carboidratos em álcool, que podem ser liberados facilmente pelas brânquias.
O que são brânquias externas e internas?
As brânquias externas são estruturas respiratórias embrionárias que desaparecem nas larvas, enquanto as brânquias internas permanecem até a metamorfose. São ramificações numerosas, que apresentam uma cobertura epitelial, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e capilares mesodérmicos.
Nos aquários, como o oxigênio chega à água?
Em aquários ou tanques de peixes, o oxigênio chega à água de 2 maneiras: A primeira é através da absorção do oxigênio presente no ar da superfície da água. A segunda via é através da fotossíntese das plantas durante o dia.
Que quantidade de oxigênio consome um peixe?
Exemplos de variações no consumo de oxigênio do peixe:
Nota: Observe que o consumo de OD (oxigênio dissolvido) aumenta com o aumento da temperatura. |
Nota: Observe que 1 kg de peixe pequeno consome mais OD do que 1 kg de peixe maior. |
Nota: Observe que os peixes inativos consomem muito menos oxigênio do que os peixes ativos ou nervosos. |
Outras dúvidas frequentes:
Qual é o tipo de reprodução dos peixes?
No caso dos peixes ovíparos, por exemplo, a fecundação é interna. O macho possui um órgão copulador que introduz os espermatozoides no corpo da fêmea. De seguida a fêmea fecunda os óvulos que mais tarde são expelidos para terem o seu desenvolvimento no meio externo, que é a água. Saiba mais sobre como os peixes se reproduzem.
“Brânquia” em Wikipédia, a enciclopédia livre
“Sistema respiratório” em Wikipédia, a enciclopédia livre